sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Glossário borbulhante



Eça de Queiroz já dizia que o vinho espumante é a única bebida que cai bem em qualquer horário do dia. De fato, é a bebida alcoólica mais versátil que existe. Os aficionados garantem que a melhor maneira de começar o dia é com uma taça de champagne.

Bom para os brasileiros que têm descoberto no mercado nacional uma grande variedade de espumantes de qualidade nas prateleiras. Como a uva brasileira é normalmente ácida, vinhos tintos ou brancos ficam um pouco prejudicados, perdem aquele tom aveludado. Mas a acidez é benéfica para o espumante, porque ajuda na fermentação.
Faça a sua escolha:
Champanhe ou espumante?
Somente pode ser considerado um champagne legítimo aquele produzido na região homônima da França. Por isso, os vinhos borbulhantes têm sido chamados de espumantes no Brasil. Na região da Champagne, o espumante é elaborado pelo método champenoise e somente dois tipos de uvas podem ser utilizadas no processo: pinot noir, pinot meunier (tintas) e chardonnay (branca).
Método champenoise
É o método mais tradicional e artesanal. A primeira fermentação ocorre em tanques de inox – como em todos os outros métodos –, mas a segunda fermentação acontece dentro da garrafa. Dá mais trabalho e por isso os espumantes elaborados desta maneira costumam ser um pouco mais caros. E melhores.

Moscato e asti
São métodos irmãos de produção de espumantes. Ambos foram criados na região do Piemonte, na Itália, e são elaborados com a uva muscat branca. A fermentação acontece em uma única etapa, dentro de uma cuba fechada, e é interrompida um pouco mais cedo do que seria considerado normal. Assim, os espumantes asti e moscato são mais doces, mais aromáticos e menos alcoólicos. No caso do moscato, a fermentação é interrompida ainda um pouco mais cedo do que no asti, deixando a bebida mais doce, menos borbulhante e ainda menos alcoólica.
Charmat
É outro método. Tem duas fermentações, ambas em tanques de aço inoxidável de alta pressão. É um substituto industrializado do método champenoise, mas que também pode originar espumantes excelentes.
Prosecco
Como o champagne, é um espumante elaborado numa região específica. No caso, em solo italiano, no Veneto. Feito a partir do método charmat com a uva típica da região, a prosecco. Ou seja, ao contrário do imaginário popular, os proseccos não levam este nome porque são secos. Atenção: alguns fabricantes estampam no rótulo a palavra prosecco porque o espumante foi feito com aquela uva, mas não é necessariamente legítimo, originário do Veneto. Entretanto, se a bebida for boa e de preço razoável, quem se importa?
Cava
Na lei espanhola, é o espumante local produzido em regiões específicas pelo método tradicional, o champenoise. Essas regiões estão principalmente na Catalunha, mas há algumas na Rioja e em Aragón. As uvas autorizadas são a parellada, xarel-lo, e macabeo.
Brut, séc, demi-séc
Essas palavrinhas indicam a quantidade de açúcar acrescentadas à bebida. Os brut têm pouquíssimo açúcar, ou nada. Os extra-séc têm um pouco mais, os séc mais um tanto e os demi-séc são bem mais doces. Quanto mais doce for a bebida, melhor ela combina com sobremesas e final da refeição. Os brut e os séc são ideais para aperitivos e para acompanhar o prato principal.
Frisante x espumante
Se diferenciam pela quantidade de bolhas na garrafa. O vinho frisante tem menos gás carbônico que o espumante.

Fonte: Tramontina

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