Cachaça vai bem com tudo
Primeiro, uma branca. Depois, uma amarela. Para fechar, um licor da
aguardente. A bebida pode acompanhar vários pratos e, como os vinhos,
tem carta e até copo certo.
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Foi-se o tempo em que lugar bacana servia cachaça apenas na caipirinha.
Considerada ótima para diversos tipos de pratos, de petiscos a receitas
mais sofisticadas, em muitos restaurantes, a aguardente hoje pode ser
escolhida a partir de uma carta, como já ocorria com os vinhos. O
técnico sensorial de bebidas e alimentos Renato Frascino conta que já criou várias para casas do Rio e de São Paulo. Alguns locais têm até sommelier de cachaça. Leandro Batista da Silva,
do restaurante e cachaçaria Mocotó, na Vila Medeiros, zona Norte de São
Paulo, é um, mas prefere o título de mestre alambiqueiro. “É uma bebida
nobre e fascinante”, diz ele.
Basicamente, as
cachaças são divididas em dois grupos: brancas e amarelas. As primeiras
são ideais para abrir o apetite e devem ser tomadas geladas. As amarelas
podem ser envelhecidas em diferentes madeiras, o que influencia seu
sabor e suas características. As que passam por bálsamo, por exemplo,
são mais leves do que as guardadas em carvalho. Leandro sugere uma
sequência: “Comece com uma branca, siga comum a amarela envelhecida em
umburana e termine com uma de carvalho. E deixe um espacinho para um
licor de cachaça”.
Especialistas costumam separar
cachaça e pinga. A primeira seria de alambique, sem aditivos químicos; a
segunda, feita industrialmente. “Cachaça boa não machuca o nariz, pois o
aroma do álcool é bem casado com os outros”, diz Renato Frascino. Mas
um rótulo de qualidade não é barato. As diferentes linhas da orgânica
Conceição, de Roseira (SP), variam entre R$ 28 e R$ 40. Tida como a
rainha das cachaças, a Anisio Santiago, de Salinas (MG), chega a custar
R$ 1.000.
Renato Frascino recomenda tomar
cachaça em um copo de cristal com haste. Na falta dele, num cálice de
vinho. “Assim é possível perceber os aromas sutis”, diz. Mas aprecie a
bebida sempre com moderação, já que ela tem alta gradação alcoólica
(entre 38% e 48%). Abaixo, um manual para curtir uma cachacinha.
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